Os países participantes 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) adotaram um acordo final que exigiu muita luta na cúpula do clima no começo deste domingo (20) e que estabelece um fundo para ajudar países mais pobres afetados por desastres climáticos, mas não reforça os esforços para lidar com as emissões que os causam.
Após negociações tensas que atravessaram a noite, a presidência egípcia da COP27 divulgou o texto final por um acordo e simultaneamente convocou uma sessão plenária para confirmá-lo rapidamente.
A aprovação rápida do fundo dedicado a perdas e danos ainda deixou muitas das decisões mais controversas sobre ele para o próximo ano, incluindo quem tem que contribuir para o fundo.
Negociadores não manifestaram objeções e o presidente da COP27, Sameh Shoukry, discutiu os itens finais da agenda. Quando chegou o alvorecer no local da cúpula, no resort egípcio de Sharm el-Sheikh, neste domingo, o acordo estava pronto.
Apesar de não ter havido acerto sobre reduções mais rígidas de emissões de poluentes, “fomos com o que estava no acordo porque queremos estar ao lado dos mais vulneráveis”, disse a secretária do clima da Alemanha, Jennifer Morgan, visivelmente irritada.
Os delegados elogiaram o avanço de organizar o fundo como justiça climática, pelo seu objetivo de ajudar países vulneráveis a lidar com tempestades, enchentes e outros desastres alimentados pelas históricas emissões de carbono das nações ricas.
Questionada pela Reuters se o objetivo de uma ambição mais forte para enfrentar o clima foi comprometido em nome do acordo, a principal negociadora do México, Camila Zepeda, resumiu a situação entre os negociadores: “provavelmente. Você aceita uma vitória quando consegue.”