×

Em Londres, Lula condena prisão de Assange, critica silêncio da mídia e pede movimento mundial por sua liberdade

“Deus te abençoe por essa pergunta, Sara”, começou o presidente. “É uma vergonha que um jornalista que denunciou as falcatruas de um estado contra os outros esteja preso, condenado a morrer na cadeia e a gente não faça nada para

Em Londres, Lula condena prisão de Assange, critica silêncio da mídia e pede movimento mundial por sua liberdade

Assange publicou aproximadamente 250 mil arquivos, entre fotos, vídeos e documentos do Pentágono, dos Estados Unidos, que revelavam crimes de guerra cometidos pelos militares americanos e práticas de tortura contra detentos da prisão de Guantánamo, base militar dos EUA em Cuba.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou neste sábado (6) a prisão do jornalista australiano Julian Assange em Londres, que aguarda uma possível extradição para os Estados Unidos, onde pode ser condenado a uma pena de até 175 anos.

A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa sobre a sua viagem ao Reino Unido para a coroação do Rei Charles III. A pergunta sobre o fundador do Wikileaks foi feita pela jornalista Sara Vivacqua, do DCM, que questionou a posição de Lula a respeito da prisão de Assange.

“O senhor venceu uma guerra híbrida e tem total consciência de que a liberdade de expressão e o direito de saber está ameaçado globalmente. Eu gostaria de saber qual é a sua opinião a respeito do preso político Julian Assange”, perguntou a jornalista.

O petista agradeceu pela pergunta e disse que acha uma vergonha que a pessoa que denunciou falcatruas seja condenada a “morrer na cadeia”.

“Deus te abençoe por essa pergunta, Sara”, começou o presidente. “É uma vergonha que um jornalista que denunciou as falcatruas de um estado contra os outros esteja preso, condenado a morrer na cadeia e a gente não faça nada para libertar. É um negócio maluco, é gente que briga e fala em liberdade de expressão e o cara está preso porque denunciou as falcatruas e a imprensa não se mexe para a defesa desse jornalista”.

Em 2010, Assange publicou aproximadamente 250 mil arquivos, entre fotos, vídeos e documentos do Pentágono, dos Estados Unidos, que revelavam crimes de guerra cometidos pelos militares americanos e práticas de tortura contra detentos da prisão de Guantánamo, base militar dos EUA em Cuba.