
A coalizão de esquerda da França, Nova Frente Popular, ganhou o maior número de cadeiras no segundo turno das eleições parlamentares
A coalizão de esquerda da França, Nova Frente Popular, ganhou o maior número de cadeiras no segundo turno das eleições parlamentares, disseram os principais institutos de pesquisa neste domingo (7), colocando-os no caminho para uma vitória inesperada sobre o partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional (RN), mas sem atingir a maioria absoluta no parlamento.
Uma estimativa da IFOP para a emissora TF1 disse que a Nova Frente Popular poderia ganhar 180-215 assentos no parlamento no segundo turno, enquanto uma pesquisa da Ipsos para a France TV projetou 172-215 assentos para o bloco de esquerda.
Uma pesquisa da Opinionway para a C News TV disse que a Nova Frente Popular ganharia 180-210 assentos, enquanto uma pesquisa da Elabe para a BFM TV projetou um intervalo de 175-205 assentos para eles.
O bloco centrista do presidente Emmanuel Macron foi visto ligeiramente à frente do partido RN de Marine Le Pen na disputa pelo segundo lugar, de acordo com essas pesquisas.
São necessárias duzentas e oitenta e nove cadeiras para uma maioria absoluta na Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento da França.
Primeiro-ministro deixará o cargo
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, confirmou neste domingo (7) que vai renunciar ao cargo. Attal reconheceu em um discurso após a divulgação das pesquisas de boca de urna que seu campo político “não obteve maioria nesta noite”.
O político francês, aliado do presidente Emmanuel Macron, afirmou que “oferecerá a renúncia ao Presidente” e que continuará a desempenhar suas funções “pelo tempo que for preciso”.
Por último, ele ainda afirmou que nesta legislatura o parlamento francês estará mais forte do que nunca, e que nenhuma maioria poderia ser formada “por partidos extremistas”.
O presidente francês Emmanuel Macron prometeu que os resultados das eleições serão respeitados, afirmou o Palácio do Eliseu em um comunicado.
Um dos líderes da coalizão vencedora, Jean-Luc Mélenchon, pediu que um gabinete liderado pela esquerda assuma no lugar de Gabriel Attal.
Já a líder francesa da ultradireita, Marine Le Pen, disse no domingo (7) que a França “perdeu mais um ano” para reduzir a imigração, a insegurança e discutir o poder de compra, depois que seu partido, o Reunião Nacional (RN), sofreu a virada para os rivais de esquerda nas eleições legislativas.