Israel bombardeou Beirute, capital do Líbano, nesta sexta (27) e promoveu o maior ataque desde o início do conflito com o Hezbollah, que relatou que o atentado deixou uma pessoa morta e ao menos 50 feridos. Diversas explosões atingiram a parte sul da cidade e o alvo seria, segundo o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o quartel-general do grupo armado.
Vários prédios da região foram atingidos, mas as Forças Armadas israelenses alegaram que promoveu um “ataque de precisão” ao QG do Hezbollah, que estaria localizado entre edifícios residenciais “como parte da estratégia de usar o povo libanês como escudo”.
Altos funcionários do Hezbollah estavam na sede durante o ataque, mas ainda não há informações sobre vítimas no local, segundo a agência de notícias Reuters. A agência iraniana Tasnim afirma que Hassan Nasrallah, líder do grupo, está seguro.
O QG do Hezbollah fica na região de Dahiyeh, uma das áreas mais povoadas de Beirute, e há relatos do uso de munições poderosas, capazes de penetrar bunkers. Há uma gigante coluna de fumaça na cidade no momento.
Israel tem bombardeado o Líbano há cerca de uma semana e já deixou mais de 700 mortos na região. A Acnur, agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para refugiados, afirmou que mais de 30 mil pessoas fugiram do Líbano para a vizinha Síria nas últimas 72 horas.
O novo ataque israelense ocorreu cerca de uma hora depois do discurso de Netanyahu na Assembleia Geral da ONU. O líder de extrema-direita prometeu, durante o evento, discutir a proposta dos Estados Unidos de cessar-fogo com o Hezbollah, medida que foi rejeitada na véspera.