Israel esteve por trás do ataque que fez com que milhares de pagers pertencentes a integrantes do Hezbollah explodissem simultaneamente no Líbano nesta terça-feira (17), a CNN descobriu.
O ataque, que deixou milhares de feridos em todo o Líbano, foi o resultado de uma operação conjunta entre o serviço de inteligência de Israel, o Mossad, e os militares israelenses.
Israel colocou material explosivo em um lote de pagers fabricados em Taiwan que foram importados para o Líbano e destinados ao Hezbollah, informou o New York Times, citando funcionários americanos e outros informados sobre a operação.
Os explosivos foram plantados ao lado da bateria em cada pager, e um interruptor foi embutido para detoná-los remotamente, segundo o New York Times.
Os dispositivos detonaram simultaneamente após receberem uma mensagem na tarde desta terça-feira, matando pelo menos 9 pessoas e ferindo mais de 2.800 – incluindo pelo menos 170 pessoas que estavam em estado crítico, segundo o Ministério da Saúde do Líbano.
O Hezbollah e o governo libanês culparam Israel pelo ataque. Israel não comentou.
Os combatentes do grupo armado começaram a usar pagers como um meio de baixa tecnologia para tentar evitar que Israel rastreie suas localizações, segundo duas fontes pontuaram à Reuters.
Em um discurso televisionado há mais de seis meses, o secretário-geral do grupo, Hassan Nasrallah, pediu aos militantes e suas famílias no sul do Líbano que renunciassem aos celulares.