Presidente da Venezuela desde 2012, Nicolás Maduro se isolou do mundo ao permanecer no poder de forma antidemocrática, mas está conseguindo virar o jogo devido à instabilidade provocada pela invasão russa à Ucrânia.
Um grupo de altos funcionários do governo norte-americano passou o fim de semana em Caracas e nesta segunda-feira (7/3), em entrevista transmitida ao vivo de Washington, Jen Psaki, secretária de Imprensa da Casa Branca, confirmou que os Estados Unidos pretendem negociar a importação de petróleo da Venezuela.
Maduro também se pronunciou nesta segunda, durante reunião do Conselho de Vicepresidentes da Venezuela, que foi transmitida pelo governo.
“Conversamos por quase duas horas e concordamos em avançar numa agenda de temas de interesse. Achei muito importante conversar cara a cara temas de interesse da Venezuela e do mundo”, afirmou ainda Maduro, sem citar diretamente a questão do petróleo.
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Os EUA estão quebrando sua resistência ao regime venezuelano enquanto buscam alternativas para o caso da imposição de um boicote das potências ocidentais ao petróleo russo.
O país de Vladimir Putin é um dos maiores produtores mundiais e exporta cinco milhões de barris por dia. A tensão em torno da guerra já fez o valor do barril passar dos US$ 130 e a tendência é de forte alta, fato que está levando consequências ao mundo todo. No Brasil, por exemplo, a política de paridade com o preço internacional entrou em xeque nesta segunda-feira.