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Mais de 40 países da ONU pedem que Venezuela publique atas da eleição

O governo venezuelano rejeitou o parecer emitido pelo painel naquele momento, considerando que “nada mais é do que um ato de propaganda que serve os interesses golpistas da extrema direita venezuelana”.

Mais de 40 países da ONU pedem que Venezuela publique atas da eleição

Painel das Nações Unidas concluiu que processo eleitoral ficou aquém das "medidas básicas de transparência e integridade"

Uma declaração conjunta formulada nesta quinta-feira (12) por 41 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) solicita ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) que publique imediatamente os resultados de todas as atas eleitorais e permita a verificação dos dados para promover a credibilidade do processo eleição de 28 de julho.

“Tomamos nota do relatório preliminar do Painel de Peritos das Nações Unidas, que concluiu que o processo eleitoral ficou aquém das ‘medidas básicas de transparência e integridade’ que são essenciais para a realização de eleições credíveis”, leu o ministro de Relações Exteriores do Panamá, Javier Martínez Acha, representando os Estados membros que emitiram o apelo nesta quinta-feira.

O painel da ONU que esteve na Venezuela entre o final de junho e 2 de agosto publicou um relatório preliminar que critica o processo eleitoral no país, no qual o CNE declarou Nicolás Maduro vencedor das eleições sem mostrar os resultados desagregados por centro e estação de votação.

O governo venezuelano rejeitou o parecer emitido pelo painel naquele momento, considerando que “nada mais é do que um ato de propaganda que serve os interesses golpistas da extrema direita venezuelana”.

O comunicado desta quinta-feira também aplaude o povo venezuelano por ter participado nas eleições apesar dos desafios significativos e exige que a sua decisão seja respeitada, após mais de 80% das atas publicadas pela oposição terem mostrado um resultado diferente do anunciado pelo CNE e validado pelo Tribunal Superior.

Quanto à partida para Espanha do candidato Edmundo González, os Estados subscritores do apelo expressam que foi em resposta à ordem de prisão política emitida pelas autoridades venezuelanas que González foi “forçado ao exílio”.