O fundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, foi preso neste sábado (24) na França, conforme informações da mídia local. O bilionário, que acabara de desembarcar de um voo vindo do Azerbaijão, foi detido ao descer de seu jato particular no aeroporto de Le Bourget, próximo a Paris. A prisão ocorreu devido a um mandado de busca emitido com base em uma investigação preliminar.
Fontes jornalísticas francesas indicam que Durov é acusado de ser cúmplice de atividades criminosas, como tráfico de drogas, crimes contra crianças e fraudes. A acusação se baseia na alegação de que o Telegram, sob sua direção, não tem cooperado de forma eficaz com as autoridades e não modera adequadamente o conteúdo compartilhado na plataforma. A Justiça francesa acredita que essa falta de moderação permite o uso do aplicativo para atividades ilegais.
A agência Reuters entrou em contato com o Telegram em busca de uma resposta oficial sobre a detenção de seu fundador, mas ainda não recebeu retorno. Da mesma forma, o Ministério do Interior francês e a polícia local optaram por não comentar o caso até o momento.
O Telegram, criado em 2013 por Pavel Durov e seu irmão Nikolai, é conhecido por oferecer uma plataforma de mensagens altamente encriptada, prometendo segurança e privacidade aos seus usuários.
A sede da empresa está localizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, apesar de os irmãos serem originários da Rússia. O aplicativo tem servidores em várias partes do mundo e oferece recursos como mensagens secretas, que podem ser programadas para serem apagadas automaticamente.
Pavel Durov afirmou em entrevistas que a ideia do Telegram surgiu em 2011, quando forças especiais russas tentaram invadir sua casa. Na época, ele percebeu que não havia uma forma segura de se comunicar com seu irmão Nikolai, o que o motivou a desenvolver o aplicativo. Desde então, o Telegram cresceu significativamente em popularidade, sendo utilizado por milhões de pessoas globalmente.
Vale ressaltar que a prisão de Durov pode trazer implicações significativas para o futuro do Telegram, especialmente em termos de sua relação com governos e a moderação de conteúdo na plataforma.