Pouco mais de um ano depois de receber o Prêmio Nobel da Paz, o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, se vê diante de sua primeira contradição como representante da paz mundial, ou menos em sua região, e uma que levanta dúvidas sobre seu prêmio.
Em 2019, a candidatura de Ahmed superou a de Luiz Inácio Lula da Silva e convenceu o Comitê Norueguês do Nobel, por seu papel na consolidação de um acordo de paz entre o seu país e a Eritreia. No entanto, no começo deste mês de novembro, essa mesma fronteira voltou a ser cenário de guerra, e a postura do primeiro-ministro tem servido para acirrar o conflito.
A tensão ocorre na região de Tigray, território no norte da Etiópia que faz fronteira com a Eritreia e que é controlado politicamente pela Frente de Libertação do Povo Tigray, que é opositora ao governo de Ahmed.
No dia 4 de novembro, o exército etíope tentou realizar uma operação na região, mas foi atacado a pedras por integrantes da Frente de Libertação. Naquela noite, Ahmed reagiu com uma mensagem em rede nacional na qual rotulou o partido opositor de “grupo separatista”, e disse que o ataque aos militares “cruzou a linha vermelha”, o que foi considerado como uma provocação por parte dos opositores.
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