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Sarkozy elogia protagonismo de Lula, defende Brasil no Conselho de Segurança e critica ONU: ‘desapareceu’

O presidente francês fez uma crítica contundente aos Estados Unidos, comparando-os a um "senhor que usa um sapato 63" que esmaga os outros e depois se surpreende ao perguntar o que estavam fazendo embaixo de seu sapato. Para Sarkozy, um

Sarkozy elogia protagonismo de Lula, defende Brasil no Conselho de Segurança e critica ONU: 'desapareceu'

Sarkozy também ressaltou a importância de uma colaboração estratégica entre França e Brasil, apesar das diferenças políticas entre eles.

O presidente francês Nicolas Sarkozy elogiou, durante sua participação no evento Fórum Internacional Esfera, realizado em Paris, o protagonismo internacional do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendeu uma parceria estratégica entre França e Brasil, de acordo com a CNN Brasil.

Sarkozy destacou o papel de liderança de Lula, afirmando que, independentemente das opiniões políticas, é inegável o compromisso de Lula em representar o Brasil em nível global. “A vontade de Lula de levar a voz do Brasil ao mundo é incontestável,” enfatizou Sarkozy. Ele prosseguiu, salientando que o Brasil, com sua grande potência demográfica, frequentemente tem seu poder político subestimado.

O presidente francês fez uma crítica contundente aos Estados Unidos, comparando-os a um “senhor que usa um sapato 63” que esmaga os outros e depois se surpreende ao perguntar o que estavam fazendo embaixo de seu sapato. Para Sarkozy, um equilíbrio entre potência e diplomacia é essencial em relações internacionais.

Sarkozy também ressaltou a importância de uma colaboração estratégica entre França e Brasil, apesar das diferenças políticas entre eles. Ele destacou que, durante seus mandatos, ele e Lula eram como “dois dedos da mesma mão,” indicando que, juntos, poderiam representar uma força global significativa.

Além de elogiar Lula e promover a parceria entre França e Brasil, Sarkozy criticou organismos multilaterais, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU). Ele argumentou que essas instituições perderam relevância em um mundo em constante mudança: “O sistema multilateral que conhecemos hoje é do século 20 e estamos no século 21. […] Onde está a Organização das Nações Unidas? Desapareceu. Quem dá importância para o que diz o secretário-geral das Nações Unidas?”.

Sarkozy defendeu a inclusão de países emergentes, como o Brasil, no Conselho de Segurança da ONU. “Não tem um país africano [como membro permanente do Conselho], não tem um país da América do Sul, é uma loucura […] Evidentemente, o Brasil tem vocação para ser membro do Conselho. Não há nada mais urgente hoje do que o Brasil e a França assumirem a liderança para desenhar o que deveria ser um novo sistema multilateral do século 21, que possibilite falar e resolver questões mundiais”.

Concluindo sua participação, Sarkozy enfatizou que os países europeus, embora tenham dominado o mundo por séculos, agora são “potências do passado,” enquanto nações emergentes, como o Brasil, representam o “futuro.” Ele instou o Brasil e a França a liderarem esforços para criar um novo sistema multilateral no século 21, capaz de abordar e resolver os desafios globais de maneira mais eficaz.