Na quarta-feira (18), o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) abriu fogo contra manifestantes na província de Nangarhar que apoiavam a manutenção da bandeira nacional, segundo uma fonte da Sputnik. O tiroteio provocou mortos e feridos.
Vídeos nas redes sociais mostram pessoas correndo, tentando fugir de disparos do Talibã na província afegã de Nangarhar.
Enquanto isso, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirma que a situação no Afeganistão está se estabilizando. O Talibã permite continuar a evacuação.
Discursando perante o Parlamento, Johnson disse que o Reino Unido fará tudo para evitar uma crise humanitária no Afeganistão onde a tomada do país pelos islamistas está ocorrendo mais rápido do que se esperava.
O Reino Unido mobilizará mais 800 soldados para apoiar a evacuação a partir do Afeganistão, informou o primeiro-ministro britânico.
A retirada de funcionários britânicos e afegãos ligados a governos e organizações estrangeiras está sendo realizada através do único aeroporto em Cabul.
Os países ocidentais não podiam continuar a missão liderada pelos EUA no Afeganistão sem as capacidades dos Estados Unidos, sua força aérea e logística, afirmou Johnson.
O Talibã será avaliado com base em suas ações e não em suas palavras, disse o primeiro-ministro.
“Julgaremos este regime com base nas escolhas que fizer, e por suas ações e não por suas palavras, por sua atitude em relação ao terrorismo, ao crime e aos narcóticos, bem como pelo acesso humanitário, e pelos direitos das meninas a receberem educação”, segundo Johnson.
Ontem (17), o movimento realizou a primeira coletiva de imprensa após ter tomado o poder na República Islâmica, em 15 de agosto. O Talibã revelou que quer se tornar parte da comunidade internacional e pretende estabelecer diálogo com personalidades oficiais do antigo governo afegão para garantir que se sintam seguros.
Os islamistas informaram que os civis afegãos devem entregar suas armas e munições aos membros autorizados do Talibã, adicionando que qualquer queixa de civis contra combatentes talibãs será investigada.