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Trump chama invasão do Capitólio de ‘dia do amor’:”‘Nada de errado’ aconteceu”

Trump defendeu a retomada de uma lei de 1798, chamada Alien Enemies Act, que permitiria a deportação em massa de imigrantes em tempos de guerra. Ele também prometeu acabar com as “cidades santuário”, locais que protegem imigrantes da deportação.

Trump chama invasão do Capitólio de ‘dia do amor’:”‘Nada de errado’ aconteceu”

A declaração ocorre enquanto Trump enfrenta uma crescente onda de questionamentos sobre sua saúde mental e aptidão para liderar o país.

O ex-presidente e candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou polêmica ao afirmar, durante um evento de campanha nesta quarta-feira (16) em Miami, que a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 foi um “dia de amor” e que “nada de errado” aconteceu. A declaração ocorre enquanto Trump enfrenta uma crescente onda de questionamentos sobre sua saúde mental e aptidão para liderar o país.

A fala de Trump foi feita em um town hall com eleitores latinos, aumentando sua lista de declarações polêmicas. Em 6 de janeiro, apoiadores do ex-presidente invadiram o Congresso dos EUA em uma tentativa de barrar a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020, resultando na morte de cinco pessoas.

Durante o evento, Trump ignorou os episódios de violência que marcaram aquele dia e se limitou a reforçar suas promessas de campanha. Ele voltou a criticar a imigração irregular, sem apresentar provas, associando-a ao aumento da criminalidade e desemprego nos EUA. “O que unirá o nosso país é o sucesso”, disse o ex-presidente, ao ser questionado sobre como pretendia unificar a nação.

Ainda em seu discurso, o republicano defendeu a retomada de uma lei de 1798, chamada Alien Enemies Act, que permitiria a deportação em massa de imigrantes em tempos de guerra. Ele também prometeu acabar com as “cidades santuário”, locais que protegem imigrantes da deportação.

Essas posições duras contra a imigração fazem parte de uma tentativa de conquistar a base mais conservadora do Partido Republicano. No entanto, suas falas continuam a atrair críticas de opositores e também de membros moderados de seu próprio partido.

Após o evento em Miami, Trump foi novamente alvo de críticas por responsabilizar o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, pelo início da guerra na Ucrânia. Durante entrevista ao PBD Podcast, o ex-presidente sugeriu que Kiev deveria fazer concessões à Rússia para encerrar o conflito.

A postura de Trump em relação à Ucrânia tem levantado preocupações de que, caso ele volte à Casa Branca, possa alterar a política de ajuda militar dos EUA ao país invadido pela Rússia. “Zelenski é o maior vendedor da Terra”, afirmou ele, referindo-se aos pedidos de ajuda militar ucranianos.

Além de suas posições políticas, o comportamento recente de Trump também tem sido alvo de debate. Durante um comício na Pensilvânia, na segunda-feira (15), o candidato ficou por quase 40 minutos no palco sem interagir com o público, ouvindo uma playlist que incluía desde “Ave Maria” até músicas do musical “Cats”. A cena gerou estranhamento entre os presentes e viralizou nas redes sociais, com opositores questionando sua saúde mental.