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Trânsito na Avenida das Torres é só paz e tranquilidade depois que Manaus entrou em toque de recolher

Apesar a solidariedade do povo brasileiro que se mobilizou - graças a Deus - para salvar Manaus e evitar que o seu povo continue a morrer asfixiado por falta de oxigênio, a crise continua impiedosa.

Trânsito na Avenida das Torres é só paz e tranquilidade depois que Manaus entrou em toque de recolher

A mais agitada entre as mais agitadas avenidas da cidade, mergulho no mais profundo isolamento em pleno horário de pico.

Insuflados por uma corja de avarentos empresários lojistas que controla o centro comercial de Manaus, milhares de trabalhadores ocuparam as ruas no final de dezembro em protesto ao decreto do governo do Amazonas, assinado no dia 26, que impunha restrições às atividades não essenciais.

No dia seguinte, o governador Wilson Lima, que ousou enfrentar como um leão as hienas asquerosas do centro comercial encolheu a juba e, como um doce gatinho de madame recuou.

O decreto do dia 26 foi, sem dúvida, a melhor ação de todo o governo Wilson Lima e o recuo do dia seguinte não só foi a pior decisão mas, também, revelou o lado subserviente e covarde do governador.

Resultado: o sistema de saúde tanto privado quanto público não tardaram a dar sinais gritantes da pior crise já vivida em todos os tempos em Manaus e em todo o Amazonas.

Menos de 20 dias depois de curvar a espinha dorsal às lideranças do comércio local, o patético governador, que deveria ser preso pelas mortes – centenas delas – ocorridas após a aglomeração de final de ano, assina um novo decreto que atinge frontalmente o comercio de Manaus.

E ninguém gritou. Todos continua em silêncio e de rabinho entre as pernas.

Resultado: no segundo dia do toque de recolher, a mais agitada entre as mais agitadas avenidas da cidade, mergulho no mais profundo isolamento em pleno horário de pico.

Neste sábado, 16, (ver foto), exatamente às 20 horas, na hora do rush, apenas alguns pouquíssimos carros trafegavam na Avenida das Torres.

Avenida das Torres antes do lockdown

E ninguém gritou. Todos se recolheram pacifica e civilizadamente, apesar de um tanto tarde.

Por isso, a covid-19 não perdoou e muitos pagaram com a vida.

O prejuízo é irrecuperável, não dá para perdoar nem o governador Wilson Lima tampouco os responsáveis pelos protesto do dia fatídico dia 26 de dezembro de 2020.

Apesar a solidariedade do povo brasileiro que se mobilizou – graças a Deus – para salvar Manaus e evitar que o seu povo continue a morrer asfixiado por falta de oxigênio, a crise continua impiedosa.

E o que vai o governo. O governo nada faz. Ou melhor, ironiza de tudo e de todos.

“Por que Bolsonaro faz isso”, indaga Félix Valois em artigo publicado neste sábado, 16.