O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu uma ligação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dois dias após uma derrota significativa dos democratas nas eleições americanas. A ligação, que durou aproximadamente 30 minutos, foi marcada por temas como a proteção ambiental e a defesa dos direitos trabalhistas.
Em comunicado, o Palácio do Planalto confirmou a visita de Biden ao Brasil para participar da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, incluindo uma inédita passagem pela Amazônia. Lula elogiou o norte-americano pela postura ética adotada durante o processo eleitoral e por seu comprometimento com uma transição pacífica do poder após a vitória de Donald Trump.
A visita de Joe Biden ao Brasil, marcada para o dia 17 de novembro, também é vista pelo governo Lula como uma oportunidade de fortalecer o compromisso internacional na preservação ambiental.
O presidente brasileiro espera que a presença de Biden na Amazônia cause um impacto positivo semelhante ao gerado pela visita do presidente francês Emmanuel Macron à região, ressaltando que o Brasil está comprometido com a redução do desmatamento, mas que a preservação da floresta deve ser uma responsabilidade compartilhada com os países ricos.
Durante a ligação, Biden também confirmou a adesão dos Estados Unidos à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e abordou a importância da Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores, uma iniciativa conjunta para promover condições de trabalho dignas no mundo.
A Casa Branca destacou a importância do Brasil na preservação das florestas tropicais e na luta contra a mudança climática. Em Manaus, Biden encontrará líderes locais, indígenas e outros defensores da Amazônia para discutir iniciativas de preservação desse ecossistema crucial. Esta será a primeira vez que um presidente americano em exercício visitará a floresta amazônica.
Em sua passagem pelo Rio de Janeiro, Biden participará de uma reunião com Lula durante o G20. A Casa Branca indicou que o político pretende reforçar a liderança dos EUA em temas como direitos dos trabalhadores e crescimento econômico sustentável, enquanto defende soluções conjuntas para problemas globais, como fome, mudança climática e crises de dívida em países em desenvolvimento.