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“É uma grave decepção”, diz equipe de Bolsonaro sobre veto de Moraes

"As justificativas apresentadas para esta decisão carecem de qualquer fundamento legal ou lógico. Bolsonaro cumpriu todas as ordens judiciais desde que seu passaporte foi confiscado há quase um ano."

“É uma grave decepção”, diz equipe de Bolsonaro sobre veto de Moraes

Alexandre de Moraes justificou sua decisão alegando que o ex-chefe do governo brasileiro tem dado indícios de que pode fugir do país. No entanto, em seu texto, a equipe do ex-mandatário classificou a decisão como “uma grave decepção” para Bolsonaro,

Na tarde desta quinta-feira (16), o gabinete de Jair Bolsonaro (PL) publicou, nas páginas do ex-presidente nas redes sociais, uma declaração sobre o veto de Alexandre de Moraes. O ministro negou a liberação do passaporte do político, que seria utilizado para que ele comparecesse à posse de Donald Trump nos Estados Unidos.

Alexandre de Moraes justificou sua decisão alegando que o ex-chefe do governo brasileiro tem dado indícios de que pode fugir do país. No entanto, em seu texto, a equipe do ex-mandatário classificou a decisão como “uma grave decepção” para Bolsonaro, para seu eleitorado e para a “duradoura amizade entre o Brasil e os Estados Unidos”:

– Declaração do Gabinete do Presidente Jair Bolsonaro

– A decisão de hoje de Alexandre de Moraes de negar o pedido do Presidente Jair Bolsonaro para comparecer à histórica posse do Presidente @realDonaldTrump é uma grave decepção — não apenas para o Presidente Bolsonaro, mas para os milhões de brasileiros que ele representa e para a duradoura amizade entre o Brasil e os Estados Unidos.

– Essa decisão é mais um exemplo do contínuo uso de “lawfare” (ativismo judicial) contra Bolsonaro — o uso sistemático da justiça para neutralizá-lo como adversário político nos tribunais, para não enfrentá-lo nas urnas. Essas ações não têm a ver com justiça ou com a prevenção de risco de fuga. Elas têm a ver com medo: medo da popularidade de Bolsonaro, que lidera as pesquisas para as eleições de 2026; medo de seu amplo apoio entre brasileiros de todas as classes sociais e regiões do país; e medo do que ele representa.

– As justificativas apresentadas para esta decisão carecem de qualquer fundamento legal ou lógico. Bolsonaro cumpriu todas as ordens judiciais desde que seu passaporte foi confiscado há quase um ano. Ele compareceu à posse do Presidente Javier Milei na Argentina em dezembro de 2023 com permissão de Alexandre de Moraes e retornou ao Brasil como prometido, provando mais uma vez que não representa risco de fuga. Apesar disso, continua-se a esticar os limites da lógica jurídica para restringir seus direitos, negando a milhões de brasileiros a chance de ver seu principal candidato à presidência representado internacionalmente.

– O governo Lula claramente aprendeu com os erros nos Estados Unidos, onde o sistema de justiça foi instrumentalizado para ganhos políticos: mas lá eles não agiram rápido o suficiente para destruir seu oponente político, Donald Trump, e ele superou esse ativismo judicial. Eu também superarei.

– Isso não é sobre um homem ou uma decisão; não é sobre direita ou esquerda, é sobre o futuro da democracia no Brasil. Se o sistema de justiça pode tirar os direitos de um ex-presidente que representa milhões de brasileiros, ele pode fazer o mesmo com qualquer um. O povo brasileiro merece algo melhor do que decisões que minam os próprios princípios de justiça e democracia que se pretende defender.

– A luta pela democracia, liberdade e pelo direito do povo brasileiro de escolher seus líderes continuará. “Lawfare” não prevalecerá”.