
Porta-voz de Netanyahu informou à imprensa local que o governo não se reunirá para aprová-lo até sábado, o que atrasará o retorno dos reféns
Depois de 467 dias de guerra na Faixa de Gaza e 48 mil mortos, Israel e o grupo terrorista Hamas assinaram o acordo de cessar-fogo. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou à imprensa local, na noite desta quinta-feira (16/1), madrugada de sexta em Israel, que as equipes de negociação israelense e palestina firmaram a proposta de cessar-fogo em Doha, Catar.
Entenda a situação
- O cessar-fogo entre Israel e Hamas era discutido desde agosto de 2024, com a mediação do Catar, Estados Unidos e Egito.
- O plano, anunciado nessa quarta-feira (15/1), será implementado em três fases.
- Na primeira delas, que deve durar 42 dias, reféns sequestrados pelo Hamas devem ser trocados por palestinos presos em Israel.
- A expectativa é de que as Forças de Defesa de Israel (FDI) também iniciem o processo de desocupação da Faixa de Gaza.
A declaração do gabinete de Netanyahu diz que o primeiro-ministro convocou uma reunião do gabinete de segurança para sexta-feira para realizar uma votação sobre o acordo.
No entanto, um porta-voz de Netanyahu informou à imprensa local que o governo não se reunirá para aprová-lo até sábado, o que atrasará o retorno dos primeiros reféns de domingo para segunda-feira.
A equipe de negociação israelense ligou para Netanyahu para informá-lo que o acordo foi fechado, com o premiê agradecendo a eles por seus esforços. As famílias dos 98 reféns também foram informadas sobre o acordo. O premiê instruiu as autoridades a trabalharem juntas nos preparativos para receber os cativos que serão libertados como parte do acordo.
“O Estado de Israel está comprometido em atingir todos os objetivos da guerra, incluindo o retorno de todos os nossos reféns – tanto os vivos quanto os mortos”, acrescenta o gabinete de Netanyahu.