A pobreza e a extrema pobreza no Brasil atingiram os menores níveis da série histórica iniciada em 2012, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (4) pelo IBGE. Entre 2022 e 2023, 8,7 milhões de brasileiros saíram da linha de pobreza, enquanto 3,1 milhões deixaram a condição de extrema pobreza.
Em 2023, o Brasil registrou 59 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza, o equivalente a 27,4% da população, uma queda significativa em relação aos 31,6% de 2022. Já a taxa de extrema pobreza caiu de 5,9% para 4,4%, marcando a primeira vez que o índice ficou abaixo de 5%.
André Simões, analista do IBGE, explicou que o mercado de trabalho foi decisivo para reduzir a pobreza, enquanto os benefícios sociais desempenharam um papel fundamental no combate à extrema pobreza.
Sem o Bolsa Família e outras iniciativas, a taxa de extrema pobreza teria aumentado de 10,6% para 11,2%, de acordo com simulações realizadas pelo instituto. A Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) destacou ainda que 27,9% dos lares brasileiros receberam algum tipo de benefício social em 2023.
Ações de Lula
Com o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os benefícios sociais voltaram a ganhar protagonismo na composição da renda de famílias de baixa renda.
Em 2023, esses programas representaram 57,1% da renda de lares com até um quarto do salário mínimo, uma alta em relação aos 42,2% de 2022.