A Polícia Civil indiciou, nesta segunda-feira, o anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo por estupro de vulnerável. Oñate está preso desde a semana passada, acusado de estuprar duas pacientes no leito hospitalar e armazenar material de pornografia infantil. Segundo o delegado responsável pelo caso, Luiz Henrique Marques, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), o relatório foi encaminhado hoje ao Ministério Publico. Se condenado, a pena para o crime de estupro pode variar de oito a 15 anos de prisão.
— O inquérito foi concluído. Já fiz o relatório final, e o resultado é o indiciamento do médico suspeito pelo crime de estupro de vulnerável. Pedi também o compartilhamento da prova que vai ser colhida após a perícia no computador e no celular dele — afirmou o delegado.
Andres ainda é investigado em mais dois inquéritos, que ainda estão em andamento. Ele é suspeito de armazenar pornografia infantil já que mantinha arquivadas mais de 20 mil imagens de abuso sexual envolvendo crianças e adolescentes. O delegado explica que ainda aguarda um parecer da perícia para concluir o caso e encaminhá-lo ao MP. A análise do material de vídeo chamou atenção das autoridades pela gravidade e quantidade de arquivos, que incluíam bebês com menos de 1 ano.
Já o terceiro inquérito apura outra acusação de estupro de vulnerável. De acordo com Luiz Henrique, a conclusão sairá ainda esta semana. Ele explicou ainda que chegou a pedir a prisão do anestesista pelo estupro de outra paciente, desta vez, no Hospital Estadual Elizabeth, em saquarema. No entanto, o pedido foi negado pela Justiça.
A investigação contra Andres Carrillo começou em dezembro após a Polícia Federal emitir um alerta depois de identificar armazenamento de pornografia infantil pelo colombiano. Durante seu depoimento, ele contou aos policiais “não sabe precisar o motivo pelo qual nutriu dentro de si a compulsão em ver e armazenar pornografia infantojuvenil”, mas que nunca abusou sexualmente de crianças.