A força-tarefa do Ministério Público do Rio de Janeiro para o caso Marielle e Anderson obteve na Justiça a prisão preventiva da delegada Adriana Belém, alvo de busca e apreensão. A prisão foi autorizada pela Vara Especializada do Tribunal de Justiça e efetuada pela Polícia Civil tarde desta terça-feira (10/5).
Em nota, o MPRJ informou que, para os promotores de Justiça, o valor encontrado na residência de Adriana Belém é um forte indício de lavagem de dinheiro.
Até o momento, foram contabilizados aproximadamente R$ 1,8 milhão apreendidos. O dinheiro estava guardado no closet da delegada.”A delegada será levada para a Corregedoria da Polícia Civil”, acrescenta o MPRJ, em nota.
Na decisão do juiz Bruno Monteiro Ruliere, da 1ª vara especializada, argumentou que “a altíssima quantia arrecada com a acusada, Delegada de Polícia, expõe indícios do cometimento de outros atos delituosos, incluindo possível ocultação de vantagens indevidas, de modo que presente ainda a possibilidade de reiteração na prática criminosa que igualmente constitui fundamento idôneo para a decretação da prisão preventiva”.
A delegada é alvo da Operação Calígula, que investiga denúncia de corrupção em razão da liberação das máquinas de caça-níqueis. Além dela, entre os alvos, estão o contraventor Rogério de Andrade e o policial militar reformado Ronnie Lessa – réu pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista da parlamentar, Anderson Gomes.