A cidade de São Sebastião do Uatumã, a 247 km de Manaus, foi palco de um crime brutal na noite desta sexta-feira (13). Gederlan Soarez, conhecido como “Kitinho”, foi espancado até a morte por um grupo de homens armados com pernamancas e outros objetos, em um crime que chocou a comunidade local. As autoridades da 44ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) têm agora a difícil tarefa de identificar todos os envolvidos no assassinato bárbaro.
De acordo com as primeiras informações, o jovem foi surpreendido por vários homens enquanto tentava furtar fios no Parque de Exposições, local onde funciona a Secretaria de Produção e Abastecimento. Imagens de vídeo, enviadas ao portal Fato Amazônico, mostram que “Kitinho” foi amarrado, arrastado para uma área de mata e espancado com pernamancas, que teriam pregos nas pontas.
Após ser violentamente atacado, o jovem foi abandonado na mata, já quase sem vida, com o corpo perfurado pelos pregos das pernas-mancas usadas no espancamento. A brutalidade do crime causou indignação entre os moradores, e as investigações agora se concentram em identificar os agressores e possíveis testemunhas.
Fontes não oficiais apontam que o secretário de Produção e Abastecimento do município, Augusto Terço, estava presente no local durante o espancamento, mas nada fez para evitar a morte de “Kitinho”. Outro nome mencionado por populares é o de Yurik Castro, conhecido como “Marabá”, ex-concunhado do prefeito Jander Barreto. Informações iniciais sugerem que Yurik teria fugido da cidade de barco na madrugada de sábado (14), temendo represálias.
Em um dos vídeos, um dos agressores diz: “vamos te dar carinho hoje”, enquanto outro homem o acusa de ter roubado LEDs e começa a agredi-lo. Testemunhas identificam dois homens nas gravações: um, de camisa azul e calça jeans, seria Augusto Terço; o outro, de bermuda clara e blusa preta, seria Yurik Castro. O primeiro é acusado de nada fazer para impedir o espancamento que culminou na morte de “Kitinho” e o segundo teria participado das agressões.
A Prefeitura de São Sebastião do Uatumã emitiu uma nota pública repudiando o ato de violência que resultou na morte do jovem. No entanto, a nota não faz menção à presença do secretário Augusto Terço no local do crime, o que gerou questionamentos entre os moradores. Até o momento, o secretário ainda não se apresentou à polícia para prestar esclarecimentos.
O caso segue em investigação pela 44ª DIP, que busca identificar todos os envolvidos no linchamento e apurar a responsabilidade das autoridades mencionadas. A comunidade local, abalada pelo crime, espera por respostas e justiça para a vítima.
Este episódio levanta questões sobre a segurança no município e a atuação das autoridades locais em situações de violência. As investigações continuam, e a polícia trabalha para solucionar o caso e punir os responsáveis.