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Empresário é preso por torturar e obrigar funcionário a pular de barranco

Segundo os relatos, o homem teria sido vítima de golpes de facão, choques elétricos e, além disso, teve dentes arrancados pelo agressor

Empresário é preso por torturar e obrigar funcionário a pular de barranco

Segundo o relato da vítima, o empresário acreditava que o funcionário teria furtado R$ 15 mil do escritório da empresa. Com isso, ele pretendia conseguir uma confissão. O funcionário nega veemente envolvimento no furto do dinheiro.

Um empresário de 39 anos foi preso preventivamente por suspeita de torturar um funcionário em Farroupilha, no Rio Grande do Sul. O homem teria arrancado dentes do trabalhador com um alicate, dado golpes de facão, além de tê-lo feito pular de um paredão de pedras de 15 metros de altura. A informação é da Gaúcha ZH.

O crime foi descrito como “um dos mais perversos” já vistos pelo delegado Ederson Bilhan. O salto forçado foi uma tentativa de assassinato, segundo os policiais. O fato de a vítima ter sobrevivido causou espanto nos investigadores e na equipe do Samu que esteve no local.

O homem quebrou três vertebras, mas conseguiu escalar por um barranco e pedir ajuda na rodovia. Ele passou por cirurgia na coluna e permanece internado no hospital. A identidade da vítima está preservada pela polícia.

O homem agredido é descrito pela Polícia Civil como alguém de hábitos simples e acostumado com a vida no campo. Ele trabalhava e morava no complexo empresarial do empresário preso, local onde aconteceram as agressões.

Segundo o relato da vítima, o empresário acreditava que o funcionário teria furtado R$ 15 mil do escritório da empresa. Com isso, ele pretendia conseguir uma confissão. O funcionário nega veemente envolvimento no furto do dinheiro.

Segundo a Polícia Civil, foram quase 30 atos diferentes de agressão relatados no inquérito policial. A primeira sessão de tortura, segundo a investigação, aconteceu no dia 9 e durou até que a vítima desmaiou e foi largada no Desvio Blauth, cerca de 10 quilômetros distante da área central de Farroupilha.

A segunda sessão teria começado na noite seguinte, após a vítima ter recebido alta do hospital e retornado para a empresa de carona com os próprios agressores, e só terminado na tarde seguinte, quando a vítima teria sido obrigada a pular do paredão.