Ao menos três terroristas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) já foram na megaoperação desencadeada pelas polícias Federal e Civil do Distrito Federal contra os suspeitos de participarem da tentativa de invasão da sede da PF em Brasília no dia 12 de dezembro, após a diplomação de Lula (PT), que resultou em atos de terrorismo, com a queima de ônibus e carros, além de depredação de prédios públicos e privados.
Os crimes investigados são de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.
De acordo com a Polícia Federal, “o conjunto da investigação buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo”.
Na capital federal foi presa a extremista Klio Hirano, que é formada em Publicidade e Relações Públicas e no Linkedin diz que trabalha na Central de Atendimento do hotel Golden Tulip Paulista Plaza.
Klio é uma das líderes do acampamento armado por golpistas bolsonaristas em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. Em seu perfil no Facebook, ela ostenta uma foto ao lado de Bolsonaro, além de posar com uma bandeira e uma camiseta da monarquia brasileira.
A extremista ainda publicou fotos perambulando por gabinetes de parlamentares apoiadores do presidente, como do líder do governo, Major Vitor Hugo (PL-GO), e do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que promoveu uma audiência pública com golpistas no Congresso.
Pastor e “patriota”
Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, a PF prenceu Atilla Mello, que se apresenta como pastor e “patrióta”. Ele estava no acampamento golpista em Brasília e participou dos atos terroristas do dia 12.
Um vídeo do momento da prisão foi divulgado pela esposa de Atilla, a também bolsonarista Cari Mello nas redes sociais, que pede ajuda aos golpistas.
O terceiro preso é Joel Pires Santana, de Cacoal, em Rondônia. Ele é pastor da Igreja Pentecostal Libertos Por Cristo em missões e se identifica como juiz de paz.
Em seu perfil pessoal no Facebook, Joel aparece com uma roupa semelhante à da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no acampamento golpista em Brasília.
Ele também estava presente na sessão no Congresso convocada por Girão para falar de atos golpistas.