*Por Francisco Praciano – Perguntado por nosso amigo Valério se um certo membro do TCE era serio, respondo que todos no mínimo são ineficientes e inócuos, dado que o TCE não serve a nada. Só quero lembrar ao amigo Valério e a quem nos lê, que as investigações do TCE nunca resultaram numa cassação, num processo, num impeachment de nenhum político, desde quando nossa memória alcança. Por favor me desmintam.
A corrupção no Amazonas, principalmente no Interior corre à solta. Nem TCE, nem TCU, nem ALE, nem MP , órgãos fiscalizadores, tomam qualquer atitude ou comportamento pra frear essa desgraça. A julgar pela decisões do TCE o Amazonas é um Estado radicalmente honesto.
Acho que a única cassação de político no Amazonas, por conta de corrupção ,foi promovida a partir de investigação e denúncia do Vereador Praciano: a cassação do César Bonfim , presidente da Câmara Municipal de Manaus à época. Aliás quem mais me atrapalhou nesse processo foi o próprio TCE que se negava a julgar o Balanço da Câmara Municipal.
Além do César Bomfim, foram cassados o vereador Raimundo Aleixo, por abandono do Mandato e a Vereadora Regiane Pinheiro por Propaganda Eleitoral antecipada, feita na Tribuna da Câmara. Acho inclusive que foi uma cassação injusta.
Valério, somos um Estado honestíssimo. Todos os políticos são éticos, sérios e honestos. Todos os balanços do Governo e das Prefeituras, depois de uma pequena encenação, são aprovados com algumas recomendações por conta de erros operacionais e depois de anos, quando os escândalos já estiverem esquecidos.
É uma sinecura, cara, caríssima e inócua, inoquíssima.
Voltarei a falar do assunto com mais detalhes.
Esse foi um tema bastante discutido na Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção do Congresso a qual presidi por dois anos. Essas discussões resultaram numa PEC pra reestruturar os TCEs e TCUs. PEC ainda ativa mas dormitando nas gavetas da Câmara. Nenhum parlamentar do Amazonas participava dessa Frente. Vale lembrar que de cada cinco Deputado Federal, um respondia a processos no STF, principalmente por corrupção.
Assim, o combate à corrupção no Congresso não tinha adeptos. Lutar contra a corrupção no Congresso é o mesmo que dar murro em ponta de faca. É fazer e limpar com canjica, ou seja, em nada resulta.
Mas a luta tem que continuar. Com a palavra os nossos parlamentares federais.
*Francisco Praciano – PT/AM.