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Aos 100 anos de Leonel Brizola, país ainda tenta resgatar a democracia e a legalidade

Exilado por 15 anos no Uruguai durante o período da ditadura (1964-1985), voltou ao Brasil em 1979.

Aos 100 anos de Leonel Brizola, país ainda tenta resgatar a democracia e a legalidade

Herdeiro do trabalhismo de Getúlio Vargas, Brizola liderou, em 1961, a histórica Campanha da Legalidade, mobilização civil e militar deflagrada para garantir a posse de João Goulart como presidente do país, após a renúncia de Jânio Quadros

 Neste sábado completam-se 100 anos do nascimento de Leonel de Moura Brizola, um dos mais importantes líderes da história da esquerda brasileira. Nascido no povoado de Cruzinha (RS), ele morreu no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 2004. Foi deputado estadual (RS) e federal, prefeito de Porto Alegre, governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Não conseguiu chegar ao Palácio do Planalto, que disputou como candidato a presidente (em 1989 e 1994) e como vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (em 1998).

Exilado por 15 anos no Uruguai durante o período da ditadura (1964-1985), voltou ao Brasil em 1979. Depois de perder a histórica legenda do PTB getulista para a deputada Ivete Vargas, sobrinha-neta de Getúlio Vargas, que “roubou” a sigla num golpe judicial, fundou o Partido Democrático Trabalhista (PDT), que hoje tem Ciro Gomes como pré-candidato à presidência.

Herdeiro do trabalhismo de Getúlio Vargas, Brizola liderou, em 1961, a histórica Campanha da Legalidade, mobilização civil e militar deflagrada para garantir a posse de João Goulart como presidente do país, após a renúncia de Jânio Quadros. Jango não era aceito por parcela importante das Forças Armadas.

Para comentar o centenário, a RBA ouviu a socióloga Maria Victoria Benevides e o historiador Chico Alencar, ex-deputado federal pelo Psol do Rio de Janeiro. Brizola é classificado como “o último getulista” pela socióloga da Universidade de São Paulo. Para o historiador, o legado talvez mais importante de Brizola “é a política com valores, a partir de princípios, de concepções, de afirmação, de convicções e da preocupação com a nossa gente”.

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