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Bolsonaro chama Doria de “calcinha apertada” e critica viagem a Miami

Ao criticar Dória de ir para Miami passear, o presidente diz: "Que negócio é esse? É coisa de quem tem calcinha apertada. Isso é um crime, pô. O povo tem que estar armado porque a arma é a garantia de

Bolsonaro chama Doria de “calcinha apertada” e critica viagem a Miami

"O povo armado acaba com essa brincadeirinha de ‘vai ficar todo mundo em casa que eu vou passear em Miami’. Pelo amor de Deus, ô calcinha apertada! Isso não é coisa homem, pô”, afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro fez uma série de críticas indiretas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em transmissão ao vivo na noite dessa 5ª feira (24.dez.2020).

“Eu quero o cidadão de bem armado. O povo armado acaba com essa brincadeirinha de ‘vai ficar todo mundo em casa que eu vou passear em Miami’. Pelo amor de Deus, ô calcinha apertada! Isso não é coisa homem, pô”, afirmou.

“Fecha São Paulo e vai passear em Miami… Que negócio é esse? É coisa de quem tem calcinha apertada. Isso é um crime, pô. O povo tem que estar armado porque a arma é a garantia de sua liberdade”, disse Bolsonaro.

A declaração foi feita em referência à viagem de Doria a Miami, nos Estados Unidos, logo após determinar restrições mais rígidas para conter o avanço da covid-19 em São Paulo.

O governador, porém, retornou poucas horas depois de desembarcar no exterior. Ele pediu desculpas por ter viajado e disse que voltou porque o vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), foi diagnosticado com covid-19.

O presidente também fez comentários sobre a CoronaVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela chinesa Sinovac. A farmacêutica tem parceria no Brasil com o governo de São Paulo. “A eficácia daquela vacina em São Paulo parece que está lá embaixo, né?”, falou.

Na 4ª feira (23.dez), o governo estadual informou que o imunizante atingiu o patamar mínimo de 50% de eficácia para para poder solicitar o uso emergencial à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A gestão de Doria, no entanto, não deu mais detalhes.

No fim de outubro, o Ministério da Saúde chegou a anunciar que compraria 46 milhões de doses da CoronaVac. O protocolo de intenções que estabelece as condições da compra foi assinado pelo ministro Eduardo Pazuello. Um dia depois, Bolsonaro afirmou que cancelou o acordo. Agora, o governo federal voltou a considerar o imunizante chinês e a incluí-lo no plano de vacinação.