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Boulos desafia Nunes a abrir sigilo bancário e prefeito se desespera

Em sua réplica, Boulos respondeu dizendo que é professor e atualmente exerce o cargo de deputado federal. Ele também afirmou estar disposto a abrir seu sigilo bancário para demonstrar que não há irregularidades em suas contas.

Boulos desafia Nunes a abrir sigilo bancário e prefeito se desespera

Boulos lançou um “desafio” ao prefeito: que Nunes fizesse o mesmo. “Já que você não tem nada a esconder”, provocou o candidato do PSOL.

No debate realizado pela Band nesta segunda-feira, dia 14, Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito e candidato à reeleição, declarou que Guilherme Boulos (PSOL) “não sabe o que é trabalhar”.

Após o comentário, a claque de Nunes reagiu com aplausos e risadas forçadas.

Em sua réplica, Boulos respondeu dizendo que é professor e atualmente exerce o cargo de deputado federal. Ele também afirmou estar disposto a abrir seu sigilo bancário para demonstrar que não há irregularidades em suas contas.

Aproveitando a ocasião, Boulos lançou um “desafio” ao prefeito: que Nunes fizesse o mesmo. “Já que você não tem nada a esconder”, provocou o candidato do PSOL.

Desesperado, Nunes deixou cair seus papéis no chão, e Boulos ironizou, dizendo que o prefeito havia ficado “nervoso”. “Fica calmo, fica tranquilo”, provocou Boulos.

Ricardo Nunes se vende como “empresário” bem sucedido. Sua face fazendeira não costuma ser mencionada, embora ele tenha declarado nada menos que nove fazendas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Do total de R$ 4,84 milhões que informou possuir, R$ 991 mil dizem respeito a essas propriedades rurais, que somam pelo menos 1.347 hectares. Informes de eleições anteriores mostram que elas ficam em Três Marias, no centro-norte de Minas Gerais. Os carros-chefes da produção são o eucalipto e a pecuária.

site De Olho nos Ruralistas constatou que duas dessas fazendas foram obtidas por usucapião, recurso jurídico para situações em que a pessoa ocupa um bem de forma pacífica e de maneira ininterrupta, sem que necessariamente exista boa-fé.

O expediente geralmente é utilizado, no campo, para garantir a propriedade a pequenos posseiros, que produzem para subsistência.