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Carla Zambelli sacou arma na rua para eleitor de Lula e invadiu sistema da Justiça

A parlamentar começou com ativismo de rua, em 2011, transitou pelo movimento feminista e se consolidou como um fenômeno eleitoral na esteira do bolsonarismo. Nos últimos anos, passou por desgaste e queda de prestígio com aliados.

Carla Zambelli sacou arma na rua para eleitor de Lula e invadiu sistema da Justiça

Em 17 de maio, Zambelli foi condenada por unanimidade pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica.

Condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada Carla Zambelli (PL-SP) deixou o Brasil. A parlamentar afirma que deixou o país por causa de um tratamento médico e diz que pedirá licença do mandato.

Em 17 de maio, Zambelli foi condenada por unanimidade pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica. De acordo com a denúncia, a deputada orientou o hacker Walter Delgatti Neto a invadir o sistema para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A deputada também responde por porte ilegal de armas e constrangimento ilegal. Na véspera das eleições, em 2022, Carla Zambelli sacou uma arma e apontou para um homem no meio da rua nos Jardins, área nobre de São Paulo.

A parlamentar começou com ativismo de rua, em 2011, transitou pelo movimento feminista e se consolidou como um fenômeno eleitoral na esteira do bolsonarismo. Nos últimos anos, passou por desgaste e queda de prestígio com aliados.

Em 2011, Zambelli fundou o grupo Nas Ruas, que se juntou aos protestos contra o governo Dilma Rousseff em 2013. Após as manifestações, a parlamentar continuou participando de atos da direita e chegou a liderar a tropa de choque bolsonarista no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Aqueles episódios foram o despertar. Tínhamos feito manifestações no 7 de Setembro de 2011 e 2012, mas em 2013 foi diferente”, afirmou a deputada.

A integrante do bloco bolsonarista da Câmara Carla Zambelli (PL-SP), que prioriza pautas ligadas ao conservadorismo, já foi membro do grupo feminista Femen, em 2012. Ela participou de manifestações com pautas feministas ao lado de Sara Giromini, agente política que se voltou a extrema direita nos últimos tempos.

Na imagem publicada nas rede social X, a parlamentar aparece com a blusa do movimento Femen, cordão de flores na cabeça — marca registrada do grupo feminista — e com a frase ‘quero nascer em casa’ escrita na barriga em uma manifestação em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP).

O grupo feminista Femen é conhecido por manifestações mais radicais, como topless para chamar atenção para questões relacionadas ao direito das mulheres. Ele foi criado em 2008, na Ucrânia, e possui células ativas em países como França, Alemanha e Tunísia.

No Brasil, o grupo teve a primeira atuação registrada em 2011, com atividades em São Paulo e Rio de Janeiro. Dois anos depois, o Femen fechou a sucursal brasileira em razão de ‘abuso econômico’ e ‘falhas organizacionais’.

Leia matéria completa no G1