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Ciro volta a atacar “lulopetismo corrompido” e disse que Dilma entregou o Brasil com 14%

Ciro, que foi ministro de Lula e apoiou a reeleição de Dilma, em 2014, também usou dados econômicos falsos para atacar a ex-presidente.

Ciro volta a atacar "lulopetismo corrompido" e disse que Dilma entregou o Brasil com 14%

O encontro recente entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidenciável Ciro Gomes, do PDT, não teve resultados duradouros. Em entrevista à Rádio Jornal Pernambuco, Ciro voltou a atacar Lula, o PT e chegou até a mentir para também falsear a história do governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Sobre o encontro com Lula, Ciro disse que saiu “com as mesmas ideias e as mesmas convicções”.

Ciro disse ainda que Lula “impôs a Dilma para continuar mandando” e responsabilizou o PT pela eleição de Jair Bolsonaro em 2018,  quando ele próprio se omitiu de apoiar Fernando Haddad no segundo turno. “A Dilma, sem nenhuma experiência, se agarra na economia mais atrasada e a corrupção generalizada, que infelizmente não dá para ser escondida, o Antonio Palocci era braço direito do Lula. Isso criou as condições no Brasil para o povo por desespero, por raiva, por frustração, que eu compreendo com a minha alma, votar neste absurdo que está se revelando ser o Bolsonaro”, afirmou, segundo relato publicado no jornal O Globo.

Ciro, que foi ministro de Lula e apoiou a reeleição de Dilma, em 2014, também usou dados econômicos falsos para atacar a ex-presidente. “A Dilma não é uma pessoa desonrada, é uma pessoa séria. Nós aqui no Ceará demos dois terços do votos contra o impeachment, portanto não me meto nessa história de que a Dilma é uma corrupta, mas a Dilma desastrou o Brasil. Quando ela assumiu o desemprego era 4% quando saiu estava em 14%”, afirmou.

Os dados oficiais do IBGE, no entanto, mostram que Dilma assumiu o cargo com a o desemprego em 6,1% e trouxe a taxa para 4,3%, no menor nível da história, em dezembro de 2014. Depois disso, ela passou a ser alvo de uma articulação golpista, da sabotagem no Congresso, da quebra de empresas promovida pela Lava Jato e da política do “quanto pior, melhor”, liderada pelo PSDB, o que fez com que o desemprego voltasse a crescer.

Embora o PDT tenha sido um dos partidos que mais perdeu eleitores nas eleições municipais, Ciro fez uma leitura peculiar das eleições. “Foi uma vitória importante desse campo que nega os extremos. O lulopetismo corrompido e o bolsonarismo boçal foram varridos da vida brasileira nas grandes cidades”, afirmou. Ciro apoia João Campos,  do PSB em Recife, que pode  ser derrotado por Marília Arraes, do PT, na capital pernambucana.