Amanhã, domingo, 05, a festa da democracia volta a aconteceu no município de Coari um ano depois da eleição de 2020 que elegeu Adail Filho, herdeiro político Adail Pinheiro.
Por decisão do Superior Tribunal Eleitoral (STF), que manteve a cassação do diploma de prefeito Adail Filho, por entender que a eleição configurou o terceiro mandato consecutivo dentro do mesmo núcleo familiar, o eleitor volta às urnas para escolher democraticamente um dos quatro candidatos ao cargo de prefeito.
O clima no município é tenso, nervoso. Mas isso não importa. Eleição é assim mesmo, sempre foi.
Domingo, apenas um será eleito. Não importa quem – se fulano, cicrano ou beltrano porque o grande vencedor mesmo será o povo, o protagonista único da democracia.
Na véspera da eleição, os instituto de pesquisa apontam empate técnico entre Kleiton Pinheiro e Robson Tiradentes.
Todos sabem que Kleiton conta com o apoio da família Pinheiro que há 20 anos se mantém no poder desde que Adail foi conduzido à prefeitura no auge do petróleo da Bacia do Urucu que transformou Coari no município mais rico e cobiçado do interior do Amazonas.
Os Royalties do petróleo fortaleceram Adail que passou a ser adorado por todos – juízes, promotores, políticos, empresários – e, sobretudo, pelos menos favorecidos e que até hoje fazem fila na porta do ex-prefeito pra levar o jaraqui pra casa todo dia.
Apesar dos escândalos que pesam contra Adail Pinheiro, como contratos fantasmas e fraudulentos, além da acusação de pedofilia, em Coari ele é idolatrado.
Robson Tiradentes, independentemente de contar com o poder e a força da comunicação de massa, comandada pelo irmão e empresário Ronaldo Tiradentes, vai para as urnas com o apoio explicito o governo do estado.
Fica claro, portanto, que os dois candidatos são duas poderosas máquinas aglutinadoras de voto.
José Henrique (PL) e Orlando Nascimento (Avante), entretanto, não devem ser subestimados, estão no game, mas dificilmente terão oxigênio para chega na reta final.
Após às 17 horas de amanhã, Coari terá, finalmente, o seu prefeito e com ele fará a festa da democracia com ou sema participação dos perdedores.
Quem vencer terá será o prefeito de um município rico e de uma população pobre.
Coari tem um orçamento na casa de R$ 200 milhões com repasses da União e do Estado, mais os royalties do petróleo na casa de R$ 20 milhões por mês. Ou seja, 10% do orçamento.
Que vença o melhor para o povo do município.