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Coronel é denunciado ao MPF por atacar o STF após prisão de Braga Netto

No texto, o coronel tenta minimizar o plano golpista, chamando as articulações de “bate-papos”, e diz que Braga Netto e os demais militares foram presos “ao arrepio da lei”. Sem citar o Supremo, o artigo ainda diz que a Corte

Coronel é denunciado ao MPF por atacar o STF após prisão de Braga Netto

O coronel da reserva Nilo Paulo Moreira foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) por publicar artigo atacando o Supremo Tribunal Federal (STF) após a prisão do general Walter Braga Netto, acusado de interferência no inquérito da trama golpista.

O coronel da reserva Nilo Paulo Moreira foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) por publicar artigo atacando o Supremo Tribunal Federal (STF) após a prisão do general Walter Braga Netto, acusado de interferência no inquérito da trama golpista. A queixa foi protocolada por Leonardo Carvalho Bastos, membro do Conselho de Ética do PT, e cita texto divulgado no último dia 26 no site Clube Miltar.

No texto, o coronel tenta minimizar o plano golpista, chamando as articulações de “bate-papos”, e diz que Braga Netto e os demais militares foram presos “ao arrepio da lei”. Sem citar o Supremo, o artigo ainda diz que a Corte estaria criminalizando “a livre manifestação de pensamento e a liberdade de opinião”.

“Por enquanto, a prisão do General de Exército Braga Netto representa a mais recente cartada nesse quadro de descalabros e legalidade polêmica. Sem desviar um centavo sequer dos cofres públicos, sem ter praticado ilicitude penal ou atentado contra a vida de quem quer que seja, o Oficial-General sofre constrangimentos extremos”, prossegue o coronel.

O militar também defende os golpistas condenados pelo ataque de 8 de janeiro de 2023 à Praça dos Três Poderes, em Brasília. “Tudo em nome de uma democracia incapaz de respeitar os mais elementares direitos da Cidadania”, escreve.

Artigo publicado pelo coronel da reserva Nilo Paulo Moreira no site Clube Militar. Foto: Reprodução

Na denúncia apresentada ao MPF, Bastos pede uma “investigação severa” contra o coronel e alega que ele está “estimulando a ‘tropa’”. “Peço deferimento à essa importante, gravíssima e necessária manifestação”, diz a queixa.

O documento ainda cita uma mensagem escrita pelo também coronel da reserva Anderson Freire Barboza em um grupo de WhatsApp acusando o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de “roubar” as eleições presidenciais de 2022. “Surpresas desagradáveis contra nossa democracia podem surgir”, escreve Bastos.