A CPI da Pandemia ouve nesta terça-feira (10) o presidente do Instituto Força Brasil, coronel da reserva Helcio Bruno. O militar comparece ao Senado amparado por um habeas corpus concedido pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) – ele terá o direito de ficar em silêncio e não produzir provas contra si mesmo.
O requerimento para ouvir o militar foi apresentado pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). No pedido, o parlamentar argumenta que, em depoimentos à comissão, representantes da Davati Medical Supply no Brasil relataram que o presidente do Instituto Força Brasil intermediou um encontro entre a empresa e o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco.
Este deverá ser o último depoimento relacionado à empresa Davati Medical Supply. A Davati é alvo de investigação da CPI por estar supostamente envolvida em um esquema de compra e venda de vacinas da AstraZeneca superfaturadas. O contrato bilionário com o Ministério da Saúde previa a compra de 400 milhões de doses de vacina.
Segundo o analista de política da CNN Gustavo Uribe, o coronel da reserva deve afirmar que foi o reverendo Amilton Gomes de Paula, ouvido pela CPI na última terça-feira (3), que apresentou os representantes da Davati ao Instituto presidido por ele.