O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), que disparou ameaças de violência contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, já foi preso quando era soldado da Polícia Militar (PM).
Conforme revelado por Sérgio Ramalho, do Intercept, Silveira passou 80 dias preso entre 2013 e 2017 no quartel da PM do Rio de Janeiro.
O deputado tentou se livrar do processo administrativo disciplinar “empilhando” licenças médicas. Se o processo tivesse sido levado até o fim, Silveira estaria enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o que resultaria na sua inelegibilidade.
As informações constam no Boletim Interno da Polícia Militar nº 45, de 4 de outubro de 2018.
Segundo o texto, “os atos praticados pelo soldado revelam atitudes incompatíveis com a condição de policial militar”, como “atrasos e faltas aos serviços” e a gravação e postagem de vídeos ofensivos durante ações de patrulhamento.
Apesar das reprimendas, o deputado apenas terminou o vínculo com a PM quando se tornou candidato.