
“Tenho certeza de que venceremos. Não é fácil, mas nós venceremos, com ajuda de Deus e também com ajuda de outro país lá do norte. Enganam-se aqueles achando que só nós temos condições de reverter esse sistema. Não temos. Precisamos de ajuda de terceiros. E tem vindo na hora certa”, afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, nesta sexta-feira (30), que conta com o apoio de um “país lá do norte”, em referência aos Estados Unidos, para reverter sua situação política no Brasil. A fala ocorreu durante o 2º Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal, em Fortaleza (CE).
“Tenho certeza de que venceremos. Não é fácil, mas nós venceremos, com ajuda de Deus e também com ajuda de outro país lá do norte. Enganam-se aqueles achando que só nós temos condições de reverter esse sistema. Não temos. Precisamos de ajuda de terceiros. E tem vindo na hora certa”, afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente também celebrou a volta de Donald Trump à presidência dos EUA e comparou sua derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à situação enfrentada pelo republicano em 2020. “Ele sofreu quando perdeu as eleições, e aqui, de forma semelhante, outra pessoa assumiu a Presidência”, disse.
A declaração ocorre em meio à possibilidade de que os Estados Unidos sancionem autoridades brasileiras. Recentemente, o senador estadunidense Marco Rubio, secretário de Estado do governo Trump, afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser alvo de sanções com base na Lei Global Magnitsky, que pune violações de direitos humanos e corrupção.
Aliados de Bolsonaro veem o anúncio como resultado de um “trabalho” do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente. O parlamentar, que fugiu do Brasil em março, permanece nos EUA onde busca denunciar supostas violações de direitos no Brasil.
Durante o discurso desta sexta-feira, Bolsonaro defendeu a permanência do filho no exterior: “Se estivesse aqui, não seria um passaporte. Com toda a certeza, seria uma prisão”.
Na quinta-feira (29), o governo de Donald Trump publicou uma mensagem em português afirmando que há “grande possibilidade” de Moraes ser sancionado pela Lei Magnitsky. O caso amplia as tensões entre Bolsonaro e o STF, que investiga o ex-presidente por supostos atos antidemocráticos.