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Em posse de novo ministro da Defesa, Bolsonaro “convida” militares para golpe

“Vivemos um momento onde há decisões que em última análise fogem do campo político e vem pro campo militar. Jamais podemos nós ousar imaginar dois, três anos à frente, voltar seus olhos para o passado e se perguntar: o que

Em posse de novo ministro da Defesa, Bolsonaro “convida” militares para golpe

As afirmações do presidente Jair Bolsonaro (PL) na última semana acenderam novamente o sinal de alerta sobre uma possível tentativa de golpe de Estado.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) insinuou aos comandantes e generais de todo o país um “convite” para um golpe de Estado, durante a cerimônia de posse do novo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, na sexta-feira (01), em Brasília. O evento foi fechado à imprensa e marcou a saída do general Walter Braga Netto do comando da pasta. Ele é cotado para ser o vice de Bolsonaro nas eleições presidenciais.

“Vivemos um momento onde há decisões que em última análise fogem do campo político e vem pro campo militar. Jamais podemos nós ousar imaginar dois, três anos à frente, voltar seus olhos para o passado e se perguntar: o que eu não fiz para que chegássemos a esse ponto? Certas coisas não se conquistam para sempre”, discursou Bolsonaro aos comandantes militares.

O presidente da República parece estar retomando o discurso golpista, que deu a entender que abandonaria nos últimos meses de 2021. Durante a última semana, ele mandou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) “colocarem a toga e ficarem quietos”.

As afirmações do presidente Jair Bolsonaro (PL) na última semana acenderam novamente o sinal de alerta sobre uma possível tentativa de golpe de Estado. No evento de posse do novo ministro da Defesa, o chefe do Executivo repetiu que “os fatos dos últimos anos bem demonstram a todos que as Forças Armadas são o último obstáculo para o socialismo no Brasil”.

O mandatário brasileiro chegou a ensaiar um golpe em setembro de 2021, durante manifestações de caráter antidemocrático, que utilizaram como pretexto o Dia da Independência do Brasil. Após a ameaça frustrada, Bolsonaro demonstrou recuar dos discursos golpistas.

Fonte:   (diariodocentrodomundo.com.br)