O PT aprovou, por unanimidade, na manhã desta quinta-feira (21/7), a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. Em convenção realizada na capital paulista, o partido também confirmou que o vice será o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB).
O evento ocorreu sem a presença do petista e de seu vice na chapa, que estão em agenda em Pernambuco. Em seguida, a federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV, oficializou com unanimidade a chapa em convenção.
O petista será o primeiro candidato de uma federação, que significa uma aliança de quatro anos, em que as siglas se comprometem a atuar em convergência. Além dos partidos que compõem a federação, a aliança da chapa Lula e Alckmin conta com PSol, Rede, PSB e Solidariedade.
Após as convenções, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou à imprensa que as lideranças dos partidos que compõem a coligação foram liberadas para negociar com outras siglas apoio à chapa. Segundo ela, o PT tem mantido conversas com MDB e PSD.
“Decidimos como meta a ampliação do movimento político. Não é uma eleição normal, que fazíamos debate de proposta, traz elementos duros, como ódio e violência. (…) É importante um movimento para que democratas e progressista não deixem que essa criatura sentada na Presidência fique fazendo artes que está fazendo”, disse.
Entre as críticas de Gleisi ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição, está a reunião com embaixadores para discutir a segurança do sistema eleitoral brasileiro. “O problema não é com urna eletrônica, problema dele [Bolsonaro] é com voto do povo.”
Em relação às alianças regionais, a petista ressaltou que as siglas precisam decidir as candidaturas até 5 de agosto. Casos como o do Rio de Janeiro e do Ceará, em que houve desrespeito a acordos, o PT vai fazer reuniões nos próximos dias para definir as chapas.
Após a escolha da chapa em convenção, os partidos têm até 15 de agosto para fazer o registro no TSE. Só a partir do dia 16 que o ex-presidente poderá pedir votos, quando começa oficialmente a campanha eleitoral.
Esta será a sexta vez em que Lula concorre às eleições e a primeira vez em que estará ao lado de Alckmin, seu ex-adversário histórico. Um dos primeiros filiados ao PSDB, o ex-governador de São Paulo deixou o ninho tucano no fim do ano passado após mais de 33 anos na legenda.