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‘Esta cadeira estar comigo é uma cagada’, disse Bolsonaro em reunião com ministros

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou o sigilo da reunião em que aliados da gestão bolsonarista discutiam formas de se aplicar um golpe.

'Esta cadeira estar comigo é uma cagada', disse Bolsonaro em reunião com ministros

"Essa cadeira aqui é uma cagada, estar comigo é uma cagada. Vou explicar a cagada. Não vai ter uma cagada dessa no Brasil. Cagada do bem, deixar bem claro", afirmou em reunião convocada com ministros.

Jair Bolsonaro (PL) disse em julho de 2022 que o fato de ocupar a Presidência da República era uma “cagada”. “Essa cadeira aqui é uma cagada, estar comigo é uma cagada. Vou explicar a cagada. Não vai ter uma cagada dessa no Brasil. Cagada do bem, deixar bem claro”, afirmou em reunião convocada com ministros.

“Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições”, disse, conforme relatos publicados no portal G1.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou o sigilo da reunião em que aliados da gestão bolsonarista discutiam formas de se aplicar um golpe. A Polícia Federal (PF) iniciou esta semana a Operação Tempus Veritatis (Hora da Verdade), para identificar e punir os envolvidos em um plano de golpe no Brasil.

A tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Bolsonaro.

As investigações apontaram que, no entorno do ex-mandatário, havia seis núcleos formados por bolsonaristas que defendiam uma ruptura institucional. De acordo com a PF, um documento com argumentação golpista na sede do PL, em Brasília (DF), estava na sala Bolsonaro, que já está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do ano passado por ter questionado, sem provas, a segurança do sistema eleitoral brasileiro.