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Fábio Faria diz que governo tem “plano B” para Auxílio Brasil eleitoral se Congresso rejeitar PEC dos Precatórios

"O que estamos debatendo é a forma: se vai ser via PEC dos Precatórios, se vai ser crédito extraordinário ou via calamidade pública", disse o ministro das Comunicações, Fábio Faria, ao comentar o plano B do governo Jair Bolsonaro se

Fábio Faria diz que governo tem "plano B" para Auxílio Brasil eleitoral se Congresso rejeitar PEC dos Precatórios

"O Congresso, se não aprovar, vai perder recursos até para emendas. Não aprovando, (o governo) parte para o plano B", complementou. 

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que o governo federal tem um “plano B”, se o Congresso Nacional não aprovar a PEC dos Precatórios, que dá um cheque em branco de R$ 89 bilhões para Jair Bolsonaro gastar em 2022, ano da eleição. Precatórios são dívidas da União e a Proposta de Emenda à Constituição em análise entre parlamentares tem como objetivo limitar os gastos com o pagamento desses débitos.

“Nesse assunto, o governo já tomou a decisão. O que estamos debatendo é a forma: se vai ser via PEC dos Precatórios, se vai ser crédito extraordinário ou via calamidade pública”, disse o ministro ao jornal O Globo. “O Congresso, se não aprovar, vai perder recursos até para emendas. Não aprovando, (o governo) parte para o plano B”, complementou.

Por 312 votos a 144, a Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada dessa quinta-feira (4), PEC dos Precatórios em primeiro turno. A margem da votação foi apertada (são necessários 308 para aprovar) e com votos decisivos do PDT (15) e do PSB (10), que poderão ser revertidos pelas direções partidárias das duas legendas.

“O que importa para o mercado é o valor”, disse Faria. “O mercado já precificou os R$ 400. Essa instabilidade que acompanhamos é o temor de a Câmara mudar alguma coisa, de ir para R$ 500 ou para R$ 600”.

A proposta ainda precisa ser analisada em segundo turno na Câmara, o que deve acontecer na próxima terça-feira (9), de acordo com o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR). No Senado a matéria também necessita de análise em dois turnos.