Kleiton Pinheiro é o novo prefeito do município de Coari. Alguma novidade? Não.
Apenas confirma a hegemonia, o poder e a força política da família Pinheiro em Coari, sob o comando de Adail Pinheiro, um personagem simplório e controverso, que reúne uma pilha de processos empoeirados na justiça, mas que tem na retaguarda incrível e inabalável apoio popular.
Kleiton conquistou o mandato de prefeito com com mais de 50% dos votos válidos contabilizados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em eleição suplementar conturbada disputada com o empresário Robson Tiradentes, autor da ação que cassou o diploma do prefeito eleito em 2020, Adail Filho, que é seu primo.
Durante o processo eleitoral o que não faltou de ambos os lados foi casca de banana – um ardil retrógrado que contaminou a disputa e ameaçou transformá-la num picadeiro promíscuo de baixeza diametralmente contrários à ortodoxia republicana e à democracia.
Kleiton vence a eleição com o apoio eminentemente popular, sem o apoio do governo e dos mass media que atuaram pesado contra a sua eleição. Politicamente, Kleiton se viabiliza para o desempenho do cargo.
Mas não é suficiente.
Sem o apoio do governo, kleiton pode encontrar algumas pedrinhas incômodas no meio caminho, digamos assim, que podem atrapalhar a sua caminhada.
Logo, o primeiro caminho a percorrer é o do Palácio da Compensa para tentar aparar as arestas que vão incomodar por muito tempo o governador Wilson Lima, dono do cofre que, junto com o governo federal, repassa para Coari R$ 200 milhões.
Resultado obtido aos 80% dos votos apurados
Kleitton Pinheiro (Progressistas) 53,25
Robson Tiradentes Jr.(PSC) 34,36%
Zé Henrique (PL) 10,89%
Mil Mitouso (Avante) 0,50%