A resposta do Centrão ao reajuste no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobrás na sexta-feira (17) será ampliada e intensificada nesta segunda-feira (20) numa ofensiva capitaneada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira.
Neste domingo, Lira subiu o tom e centrou fogo na diretoria da estatal. Chamou o atual presidente da empresa, José Mauro Coelho, de “ilegítimo”, e ameaçou levantar informações sobre ganhos e despesas dos diretores. Enquanto isso, deputados e senadores articulam a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobrás e projetos para mudar a política de preços da estatal e elevar impostos sobre a produção e exportação de petróleo.
O presidente da Câmara comanda, no início da tarde desta segunda-feira, reunião de líderes dos partidos na Câmara para definir quais projetos serão colocados em votação. A reunião, que ocorre toda terça-feira, foi antecipada após o anúncio do reajuste de 5,18% no litro da gasolina e de 14,26% no do diesel aplicado nas refinarias da Petrobrás.
Em conversas com interlocutores nos últimos dias, Lira tem citado principalmente duas propostas: aumentar ou até dobrar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas de óleo e gás (porque não seria possível aumentar apenas a da Petrobrás) ou tributar a exportação sobre petróleo bruto.
Em meio à ofensiva política do governo sobre a Petrobrás, intensifica-se a elaboração de um projeto de lei para a privatização da estatal.