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Moro e MPF mantinham “câmara de tortura”: “obrigavam a falar nome do Lula”, denuncia Tony Garcia

“Eles não queriam só a delação. Eles mostravam como queria que você falasse. O Odebrecht, o Leo Pinheiro, todos eram instados a trazer o nome do Lula. E quem não trouxesse não era aceita a delação e eles ameaçavam mandar

Moro e MPF mantinham "câmara de tortura": "obrigavam a falar nome do Lula", denuncia Tony Garcia

Garcia, que relata ter atuado por mais de dez anos como "agente infiltrado" da Operação Lava-Jato, afirmou que o foi "um laboratório para o modus operandi da Lava Jato".

Em entrevista ao programa Fórum Onze e Meia desta terça-feira (6), o ex-deputado estadual e empresário Tony Garcia revelou mais detalhes sobre sua atuação dentro da Operação Lava-Jato.

Garcia, que relata ter atuado por mais de dez anos como “agente infiltrado” da Operação Lava-Jato, afirmou que o foi “um laboratório para o modus operandi da Lava Jato”.

Muitos questionam onde estão as provas das acusações de Tony. Ele garante que, com autorização do Supremo Tribunal Federal, irá revelar os autos dos processos em que há ilegalidades.

“As provas estão nos autos. Na hora que eu apresentar os autos e os termos do meu acordo de delação, vai ficar claro”, afirmou Tony.

O ex-parlamentar afirmou que, desde 2006, Sérgio Moro e o Ministério Público Federal do Paraná agiram para perseguir o PT e o presidente Lula.

“Desde aquela época, eles estavam atrás de coisas do PT. Eles sabiam que eu era do partido do José Janene, que estava apoiando o governo Lula, do Ricardo Barros, que era vice-líder do governo [..] E eles queriam saber o que eu sabia dessa turma, o que eles operavam. E ficavam  o tempo inteiro me questionando sobre isso”, disse Garcia em entrevista à Fórum.

Ele também relata que esse modus operandi continuou ao longo da Operação Lava Jato. “É continuidade de caça ao PT”, disse o ex-parlamentar sobre a relação entre a LJ e o Mensalão.

“Eles não queriam só a delação. Eles mostravam como queria que você falasse. O Odebrecht, o Leo Pinheiro, todos eram instados a trazer o nome do Lula. E quem não trouxesse não era aceita a delação e eles ameaçavam mandar para o presídio. [..] Era um câmara de tortura”, disse.

Confira a entrevista