O Ministério Público Federal (MPF), segundo a CartaCapital, pediu o arquivamento do inquérito que investiga o empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Lula, por supostos repasses ilegais da empresa de telefonia Oi ao grupo Gamecorp, que pertencia a ele. Cabe ao juiz da 10ª Vara Criminal de São Paulo apreciar a requisição de arquivamento.
De acordo com parecer da procuradora Luciana da Costa Pinto, a investigação não conta com os requisitos legais para continuar, visto que os elementos que haviam sido obtidos foram perdidos em razão da declaração da suspeição do ex-juiz Sergio Moro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação nasceu a partir de informações encontradas em quebras de sigilo telefônico e buscas e apreensões determinadas por Moro contra Lula.
“Excluindo-se os elementos obtidos nos feitos diretamente anulados pelo Supremo Tribunal Federal (…) é forçoso concluir que o presente apuratório carece de elementos indiciários de prática criminosa que remanesçam hígidos a justificar o prosseguimento das investigações”, diz a procuradora, em resposta ao pedido dos advogados de Lulinha, Fábio Tofic Simantob e Marco Aurélio Carvalho.