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MST lança 700 candidatos nas eleições municipais com apoio de Lula e PT

A orientação política dos candidatos é dirigida pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e pelo marqueteiro de Lula, Sidônio Palmeira.

MST lança 700 candidatos nas eleições municipais com apoio de Lula e PT

A investida do MST ocorre em um momento em que o Congresso Nacional e alguns estados estão aprovando legislações para conter as invasões de terras promovidas pelo movimento.

Em comemoração aos seus 40 anos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) prepara um ambicioso projeto para as eleições municipais deste ano: lançar 700 candidaturas a prefeitos e vereadores. Este movimento surge após o sucesso nas eleições de 2022, quando o MST elegeu quatro deputados estaduais e dois federais pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

O projeto conta com robusto apoio logístico e financeiro do PT, além do endosso do presidente Lula. Como parte da estratégia, coordenadores do MST foram nomeados para cargos importantes no governo, incluindo a Presidência da República, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

O MST participa ativamente do grupo responsável pela distribuição de recursos da safra da agricultura familiar. A orientação política dos candidatos é dirigida pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e pelo marqueteiro de Lula, Sidônio Palmeira.

No dia 11 de julho, ambos participaram de um encontro com centenas de militantes do MST na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP), onde forneceram instruções detalhadas sobre as campanhas.

Durante o encontro, os militantes receberam treinamento sobre como pedir votos, técnicas para se aproximar dos eleitores e a postura adequada a ser adotada durante a campanha. Na sexta-feira (19), Lula se reuniu em São Paulo com lideranças do MST e outros movimentos populares, reforçando o apoio às candidaturas.

A investida do MST ocorre em um momento em que o Congresso Nacional e alguns estados estão aprovando legislações para conter as invasões de terras promovidas pelo movimento. No Rio Grande do Sul, uma lei estadual foi sancionada para punir os invasores com a perda de programas sociais do estado e impedir que ocupem cargos na administração local.

Em maio, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei com medidas semelhantes, proibindo invasores de receber benefícios sociais do governo federal e vetando nomeações para cargos públicos.