O controverso e mais esperado depoimento da CPI da Pandemia não acabou. O ex-ministro e general da ativa Eduardo Pazuello protagonizou um dos testemunhos mais tensos até agora. Bem treinado, abraçou contradições e mentiras sem constrangimento, se contrapôs a ações da própria pasta que comandou e atuou forte para blindar o presidente Jair Bolsonaro.
A despeito das declarações dos dois médicos que o antecederam no Ministério da Saúde, Pazuello garantiu que tinha autonomia. Negou que o presidente tenha lhe desautorizado a comprar qualquer vacina, mesmo com o repertório público que inclui de declarações de Bolsonaro a uma nota do seu então número 2, Élcio Franco. Mudou a data em que teria tomado ciência da crise de oxigênio em Manaus e afirmou ter agido rapidamente.
Creditou a demora para a aquisição de vacinas a supostos impedimentos jurídicos, cláusulas “leoninas” e preços elevados, mas não soube explicar porque não agiu para garantir segurança jurídica rumo à única porta de saída da crise. Insistiu que nunca recomendou cloroquina à revelia de protocolos e aplicativos criados na sua gestão.
No fim da tarde, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, atuou para amainar a temperatura convocando uma sessão regular na Casa, e, então, Pazuello passou mal, e a sessão foi suspensa.
O general voltará nesta quinta aos questionamentos dos senadores, que têm o desafio de contrastar suas contradições.
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