O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse nesta quarta-feira (19) à CPI da Covid que o contrato com o programa COVAX, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apresentava “risco”.
A iniciativa busca promover a produção e distribuição de vacinas contra a COVID-19 para países pobres e em desenvolvimento. O governo brasileiro optou pela cota mínima de doses – para vacinar 10% da população, embora pudesse ter escolhido acordo para entrega capaz de imunizar 50% da população.
A vacinação começou em ritmo lento no país e ainda não atingiu a velocidade recomendada por especialistas, que elogiam o programa nacional de imunização, mas apontam a falta de insumos.
Ao justificar o opção, Pazuello disse que não havia um cronograma de entrega por parte do consórcio COVAX Facility. O Ministério da Saúde assinou acordo para envio de 42 milhões de doses.
“Naquela forma, era o máximo que poderíamos fazer com o risco que estava imposto ali dentro”, disse o ex-ministro. “Optei pelos 10% pela simples razão de que não havia firmeza, estabilidade nos processos para apostarmos tantos recursos”, argumentou Pazuello.