
Walter Souza Braga Netto não só tinha conhecimento de ações ilícitas relacionadas ao golpe, mas também participou ativamente do financiamento dessas atividades, incluindo a entrega de recursos aos golpistas em uma sacola de vinho.
A Polícia Federal colheu informações recentes do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, em que ele aponta que o general Walter Souza Braga Netto, preso neste sábado (14), não apenas tinha conhecimento de ações ilícitas relacionadas ao golpe, mas também participou ativamente do financiamento dessas atividades, incluindo a entrega de recursos aos golpistas em uma sacola de vinho.
Braga Netto é alvo do inquérito que apura uma tentativa de golpe de estado. A PF também fez buscas na casa dele. Ele foi preso em Copacabana, no Rio, e ficará sob custódia do Exército.
A defesa de Braga Netto ainda não se pronunciou neste sábado. Em novembro, depois de ser indiciado, Braga Netto disse que ‘nunca se tratou de golpe’.
A Polícia Federal diz que Braga Netto
- Teve participação relevante nos atos criminosos. Nas palavras de um investigador, era “a cabeça, o mentor do golpe- mas sob comando de Bolsonaro”
- Coordenou ações ilícitas executadas por militares com formação em Forças Especiais (“kids pretos”)
- Entregou dinheiro em uma sacola de vinho para financiar as operações
- Tentou obter dados sigilosos do acordo de colaboração de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
- Tentou controlar as informações fornecidas e alinhar versões entre os investigados
- Teve ação efetiva na coordenação das ações clandestinas para tentar prender e executar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes