A Polícia Federal aponta o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) como sendo figura central de uma organização criminosa que tinha o objetivo de desviar verbas parlamentares. Gayer foi alvo nesta sexta-feira (25) de mandado de busca e apreensão.
“A Polícia Federal conclui pela identificação de um agrupamento de pessoas, com estrutura ordenada e divisões de tarefas, inserta em ambiente político, voltado para tredestinar verbas parlamentares, no caso sob a rubrica do deputado federal Gustavo Gayer, mediante expedientes fraudulentos, consistentes em falsificação de documentos, além do empenho de custos empresariais à conta pública”, sustenta o delegado Leonardo Américo Angelo Santos.
“Como não poderia deixar de ser, tratando-se de cota parlamentar, a figura central da organização não podia ser outro senão o membro do legislativo, ou quem lhe faça as vezes. No caso concreto, identificou-se com nitidez que Gustavo Gayer era quem dava a última palavra (autoria intelectual)”, diz o delegado.
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“E eu fico preocupado porque eu já falei pro GUSTAVO um dia eu chamei atenção sobre a questão da escola”, disse um dos auxiliares. A transcrição não indica a autoria da fala. As mensagens foram mantidas como transcritas pela PF.
“Ou seja a escola tá sendo paga com recurso público e tá sendo usada pra um fim totalmente que tipo num existe né num tem como ser assim e aí eles vão levando ou seja ainda não entenderam a gravidade sabe…”, mostra uma das mensagens.
“O GUSTAVO hoje é uma vidraça ele é um alvo e se for pra cima moço infelizmente a gente tá tipo errando né nesse sentido a gente tá pregando uma coisa e tá vivendo outra… infelizmente a gente tem muitas coisas erradas acontecendo aí”, finaliza um dos assessores.
A PF menciona ainda a contratação do assessor João Paulo de Sousa Cavalcante como suposto crime de peculato cometido por Gayer. Os investigadores encontraram indícios de que ele teria utilizado a empresa “Goiás Online”, contratada pelo gabinete de Gayer, para burlar a vedação legal à sua contratação como assessor parlamentar.
“O Deputado Federal Gustavo Gayer estava disposto a contratar João Paulo de Sousa Cavalcante para a função de secretário parlamentar e que tal contratação não foi possível diante da inexigibilidade de João Paulo em razão de ter tido prestação de contas eleitoral julgada omissa”, diz o delegado.
“Cientes da impossibilidade da contratação pelo gabinete legislativo, para burlar tal impedimento, foi firmada contratação por intermédio da empresa (Goiás Online). Com efeito, as atividades desempenhadas pela Goiás Online, sob a fachada de serviços de publicidade e marketing, na realidade consistiam em assessoria parlamentar, o que foi evidenciado pelo gerenciamento da agenda do Deputado por JOÃO PAULO”, afirma o delegado.