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Ramagem é alvo da PF em operação contra espionagem ilegal da Abin e é intimado a depor

A Operação Vigilância Aproximada, deflagrada pela Polícia Federal no início desta manhã, visa investigar a participação de Ramagem em um suposto esquema ilegal de monitoramento de críticos e opositores do governo Jair Bolsonaro (PL). 

Ramagem é alvo da PF em operação contra espionagem ilegal da Abin e é intimado a depor

Operação Vigilância Aproximada, deflagrada pela Polícia Federal no início desta manhã, visa investigar a participação de Ramagem em um suposto esquema ilegal de monitoramento de críticos e opositores do governo Jair Bolsonaro (PL). 

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), alvo de um mandado de busca e apreensão autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, foi intimado a prestar depoimento à Polícia Federal (PF) ainda nesta quinta-feira (24), diz o jornal O Globo.

A Operação Vigilância Aproximada, deflagrada pela Polícia Federal no início desta manhã, visa investigar a participação de Ramagem em um suposto esquema ilegal de monitoramento de críticos e opositores do governo Jair Bolsonaro (PL).

Durante o período em que Ramagem comandou a Abin, entre 2019 e 2022, um programa secreto conhecido como First Mile foi utilizado para monitorar desafetos do então governo sem autorização judicial. O deputado sempre negou qualquer envolvimento em atividades irregulares.

Além do mandado de busca e apreensão cumprido em seu gabinete na Câmara dos Deputados e no apartamento funcional, outros sete policiais federais e três servidores da Abin foram alvos das diligências, que ocorreram em diversas localidades, incluindo Brasília, Juiz de Fora, São João Del Rei e Rio de Janeiro. >>> Espionagem ilegal da Abin de Bolsonaro mirava até ministros do STF e governadores

O programa First Mile, segundo a Polícia Federal, permitia o monitoramento ilegal da localização de alvos pré-determinados por meio de seus aparelhos celulares, sem a necessidade de autorização judicial. O caso veio à tona em março de 2023, quando foram revelados detalhes sobre a capacidade do First Mile de rastrear até 10 mil pessoas por ano, apenas inserindo o número do contato telefônico no programa.