O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), que é também secretário-geral do partido, afirmou em entrevista ao jornalista Guilherme Caetano, do jornal O Globo, ser contra o partido integrar uma federação com outras legendas de esquerda, como PT e PCdoB. “Eu, pessoalmente, sou contra o partido fazer federação. Acho que a federação partidária acomoda o partido. Independentemente de quem se coligue com o PSB, eu sou contra. É um equívoco”, disse ele.
“Quando você faz a federação, os dirigentes partidários não correm atrás de novas filiações, novas lideranças, não fazem chapa (nominata) completa de deputado federal, deputado estadual. Muitos dirigentes se sentem já resolvidos, sem precisar ir atrás de novas lideranças. Se o PSB quiser continuar se consolidando como um partido de médio para grande porte, como ainda é hoje, tem que ter chapa federal em todos os estados”, disse ele.
Ele afirmou ainda que a decisão do partido só será tomada em abril, após conversas também com o PDT. “O PSB trabalha com algumas alternativas, duas mais possíveis: uma aliança com a candidatura de Lula e outra com Ciro Gomes”, disse. Segundo Casagrande, a filiação (de Alckmin), “da nossa parte, está resolvida.” Mas reconheceu que o ex-governador paulista ainda não se decidiu. “A gente já teve uma conversa do presidente Carlos Siqueira com o governador Alckmin, e a decisão está na mão dele. O PSB, de repente, virá a ser vice (de Lula) caso ele decida vir, mas a bola agora está no pé dele, não está no pé do PSB. O PSB já tem uma avaliação interna positiva com relação à filiação dele. Cabe a ele essa decisão”, finalizou.