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Se Pazuello mentir de novo na CPI sairá algemado

O ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, chegou a ter a prisão pedida pelo relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB), durante sua oitiva, no dia 12 de maio.

Se Pazuello mentir de novo na CPI sairá algemado

"O presidente, um dia, diz que quem manda é ele e que não vai comprar vacina nenhuma. Aí o Pazuello chega, a gente faz essa pergunta e ele diz: 'Não, eu nunca recebi essa ordem, por isso estava negociando a vacina'. Foi baseado nisso", disse Aziz.

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD), afirmou que, se o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mentir novamente à comissão, sairá algemado da sessão.

“Não posso afirmar que vou prendê-lo, mas pode ter certeza que, se ele mentir… Se ele tiver um habeas corpus, eu não poderei prendê-lo. Manda ele sem habeas corpus lá, ele não vai brincar mais com a CPI e a população brasileira. O desrespeito não foi a mim e aos senadores. Foi um desrespeito à sociedade brasileira e ao Exército brasileiro. Se ele mentir, sairá algemado de lá”, afirmou Aziz em entrevista ao Uol, nesta segunda-feira (24).
Segundo o presidente da comissão, em seu depoimento, Pazuello deu versões conflitantes sobre as negociações por vacinas pelo governo federal.

Por isso, um requerimento para a reconvocação do general será votado na próxima quarta-feira (26).

“Quando eu digo ‘no máximo o presidente mentiu, e mentira não leva ninguém à cadeia’, é baseado no que o Pazuello falou. O presidente, um dia, diz que quem manda é ele e que não vai comprar vacina nenhuma. Aí o Pazuello chega, a gente faz essa pergunta e ele diz: ‘Não, eu nunca recebi essa ordem, por isso estava negociando a vacina’. Foi baseado nisso”, disse Aziz.

O ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, chegou a ter a prisão pedida pelo relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB), durante sua oitiva, no dia 12 de maio.

Porém, Aziz descartou deter o ex-integrante do governo Bolsonaro naquele momento.

Agora, o senador afirma que os próximos depoentes não devem esperar que ele tenha mesma paciência.

“Se eu amanhã tomar a decisão de prender um depoente mentiroso, pode ter certeza que a CPI não acabará. Acabaria [no episódio de Wajngarten] porque estava no início. Hoje, não. Hoje está consolidada”, avisou.
Pazuello foi ouvido pela CPI nos dias 19 e 20 de maio, na condição de investigado, o que lhe garantia o direito de permanecer em silêncio e não o obrigava a dizer a verdade.

Sua participação foi dividida em dois dias devido à extensão do primeiro dia de depoimento, quando o ex-ministro sentiu ainda um mal-estar ao final.