A provável saída de Mario Frias do comando da Secretaria Especial da Cultura em março para concorrer as eleições abriu verdadeira guerra nos bastidores do governo Jair Bolsonaro pelo cargo.
A disputa para emplacar o sucessor de Frias envolve o próprio secretário, o ministro do Turismo, Gilson Machado, a quem a pasta é vinculada, e até caciques do Centrão e militares que atuam no governo.
Segundo apurou a coluna, Frias quer convencer Bolsonaro a nomear como seu sucessor o atual número 2 da secretaria: o secretário adjunto do órgão, Hélio Ferraz de Oliveira.
O ministro do Turismo, por sua vez, quer emplacar como secretária da Cultura a atual presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Peixoto.
O nome de Larissa, porém, enfrenta resistência entre alguns integrantes do Palácio do Planalto, que defendem um nome de “mais peso” junto ao setor cultural para chefiar a secretaria.
A atual presidente do Iphan é funcionária de carreira do Ministério do Turismo desde 2008. Ela é casada com um policial federal que atuou na segurança de Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018.